22/05/2017


Vale a pena a leitura do artigo abaixo, postado na internet no Blog Senso Incomum:





"Fiat justitia ruat caelum, a expressão latina que significa “seja feita justiça, ainda que os céus caiam”.
Mesmo que seja possível relacioná-la à antiguidade, atribuindo-a a Lucius Calpurnius Piso Caesoninus (43 a.C.), seu uso é relativamente moderno, retrocedendo ao século XVIII, merecendo até citação de David Hume, apesar deste autor considerar a justiça um artifício que pode vir a ser contrário ao interesse público.

O seu significado é bastante claro: a justiça deve prevalecer acima de quaisquer consequências.

Essa frase é sempre oportuna de ser lembrada no Brasil, um país que vive de escândalos abafados e intrigas palacianas, mas sua reflexão se torna urgente quando a turma do status quo decide dizer que não é o momento de afastar um presidente pego em gravação constrangedora em que se conjuram esquemas de corrupção.

O mesmo argumento foi usado com relação à presidente anterior, vítima de impeachment, e tem sido gasto à exaustão como um dos elementos a justificar a liberdade de um ex-presidente, réu em ações criminais em andamento.

Também com relação às empresas envolvidas nos escândalos de corrupção, argumenta-se que elas não podem sofrer toda a pressão da lei, considerando a economia e os empregos que geram.

O fato todo ainda é bem recente. Ontem, 17 de maio e 2017, era divulgada gravações envolvendo o atual presidente e um senador da República. Hoje, o mercado brasileiro derrete: a Bolsa de Valores sofreu um circuit breaker, dólar dispara.

O argumento de que é péssimo para a economia do país que os políticos envolvidos sofram a sanção da Justiça ganha força. Será?
Deusa da Justiça na tempestade

É verdade que o país passará por uma situação de abalo. Há indícios pungentes de que os grandes partidos políticos estão envolvidos em casos de corrupção, grandes figuras da República estão tendo seus atos sórdidos revelados ao público. Executivo e Legislativo comprometidos, e não parou por aí. Outras instituições correm risco.

Para manter a estabilidade do país devemos  fechar os olhos à corrupção e permitir a impunidade?

Sem pensar, o raciocínio parece coerente. Uma urgência temporária. Mas e se pensarmos a respeito?

Chegamos onde chegamos após décadas de corrupção e dilapidação do patrimônio público, ou melhor, do dinheiro do contribuinte, já que é de onde vem a renda do Estado.
Agora, a melhor proposta para o povo, aquele que banca o cabaré e só é chamado para limpar o chão depois das festas, é manter as coisas como estão. Aceitar a corrupção das altas esferas como um elemento ínsito à brasilidade.

Exemplificando, é como se tivéssemos uma árvore podre por dentro em frente à nossa casa. Alta, robusta, mas podre e tendente a cair a qualquer momento. Em vez de cortá-la, os cupins aparecem e sugerem que somente podemos alguns galhos, aqueles mais próximos ao chão.

Ora, essa árvore cairá em algum ponto, estrondosamente. Esmagará nossa casa, talvez mate a nós, nossos filhos, nossos parentes.

Ainda, é o marido, ou a esposa, traído que pega o traidor no ato, mas ouve dele a proposta de manter o casamento, afinal, seria economicamente incômodo para ambos ter que resolver a questão patrimonial.

Em outras palavras, o povo foi vítima dos atos de corrupção e a melhor proposta dos especialistas é que ele continue sendo vitimado. Para melhorar sua condição? Aparentemente, só para não ficar pior. No fundo, é para garantir a impunidade dos agentes criminosos.

O raciocínio é ainda mais sombrio. A ideia é de que aplicar a Justiça contra os corruptos em situação de poder econômico e/ou financeiro desestabilizaria o país, mesmo diante de provas incontestes de sua conduta, equivale a dizer que o capital nacional e estrangeiro não se importa com a corrupção, desde que ele tenha segurança para continuar a lucrar.

Lógico que podemos falar em instabilidade da economia, retração do mercado, receio de medidas econômicas agressivas, confisco e outras intercorrências próprias de um governo que não se sustenta. Contudo, se a proposta é de que a manutenção de um governo corrupto é melhor (para quem?) do que a aplicação da lei contra os agentes criminosos, resta inconteste a conclusão do parágrafo anterior.

É muito mais preocupante entender a corrupção como um sistema de normalidade institucional do que limpar o Brasil, ainda que se tenha que abalar as fundações e reconstruir o Estado.

Uma história curiosa ligada indiretamente à expressão latina que abre esse texto é a passagem histórica de quando Alexandre, o Grande, recebeu o povo celta do Adriático. Questionando aquela raça alta e robusta sobre o que mais temiam, na expectativa de ouvir seu nome, teve a resposta de que os celtas não temiam ninguém, mas apenas que o céu lhes caísse sobre a cabeça, situação utilizada amiúde no quadrinho do Asterix.

Devemos nós, o povo da planície, temer que o céu caia sobre nossas cabeças? Mais perto dele, céu, estão os olimpianos que compõem a alta casta política brasileira, desde os mais poderosos até os pequenos serviçais, humoristas e canetas de aluguel, defendendo a manutenção de um status quo onde a população continua a sustentar o paraíso dos corruptos sobre suas costas, agora sem nem mesmo previsão de se aposentar.

Há informações públicas de que a empresa de um dos sócios que fez essa delação e divulgou as gravações estaria lucrando, hoje, com a alta do dólar, a mesma empresa que teria sido supostamente notificada de forma prévia da queda da taxa SELIC pelo mesmo presidente, dados com os quais obteve lucro.

Se o céu não cair sobre nossas cabeças, inevitavelmente o chão abrirá para nos engolir, o mesmo chão do qual estamos tão próximos, horizontalizados na exploração da alta carga tributária, da violência e da corrupção endêmica.

A Justiça deve prevalecer, não importam as consequências. De outra forma estaremos sinalizando que existem pessoas impermeáveis à lei, cujos atos não são alcançados pelo Estado organizado, levando à conclusão de que, ou se aceita a imunidade desses atores, ou se derruba o Estado, ambas soluções trágicas e que em seu bojo trazem violência, fome, doença e morte.

O trabalho executado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, e as decisões do Judiciário, estão mostrando a verdadeira face do Brasil. Ao povo compete decidir se colocará suas ideologias e preferências partidárias acima da razão, ou se dirá “queremos Justiça, ainda que caiam os céus”.

12/05/2017


Sou católico e como muitos estou perplexo e indignado com posições políticas assumidas pela CNBB.  


Portanto, foi com alegria e satisfação que li os posts abaixo, publicados no O Antagonista.


A constatação é que a Igreja Católica no Brasil, assim como outras instituições, foi infiltrada por marxistas. 


Reconhecê-los pelo que efetivamente são - propagandistas do marxismo, e não pastores da Igreja - é a primeira providência para um cristão que efetivamente pretenda levar a boa nova aos que precisam. 


O Cristianismo não precisa do marxismo para ser efetivo, muito pelo contrário.




"Dom Odilo resolveu falar em nome de muitos"


O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo e papável no último conclave, defendeu as reformas de Michel Temer e disse à Folha que as manifestações da CNBB sobre o assunto "não tiveram apoio explícito".
"Dom Odilo resolveu falar em nome de muitos que estão incomodados com o ativismo político dos mesmos de sempre", disse ao O Antagonista um religioso com trânsito na conferência dos bispos.
Na semana passada, vale registrar, Temer esteve com o núncio apostólico (o embaixador da Santa Sé no Brasil), dom Giovanni d'Aniello, para explicar as propostas de reforma trabalhista e da Previdência e entender o posicionamento da Igreja. O presidente ouviu que a CNBB não é a Igreja.

Bispos comunistas "passarão"

Humberto Costa, codinome Drácula, ocupou a tribuna do Senado para convocar a população para a "greve geral" encabeçada pela CUT, aquela que tem "fontes de financiamento alternativas". A certa altura do discurso, o senador disse que a Igreja Católica também está convidando os seus fiéis para irem às ruas "em favor dos pobres".
CNBB não é sinônimo de Igreja Católica, senador. O Antagonista sabe que o esbravejar dos bispos comunistas reflete o desespero, cada vez mais evidente entre eles.
"É a agonia. Estão gritando porque estão agonizando. Passarão!", disse a este site um padre com livre trânsito na entidade que ajudou a fundar o PT.





O povo já não acredita mais na Justiça. 


O quadro abaixo ajuda a explicar porque as decisões dos tribunais superiores, quando se referem a políticos graúdos, se distanciam do que pensa a população.




PS.: desconheço a autoria do quadro, mas tomei a liberdade de reproduzi-lo, pois é extremamente didático.

05/05/2017


Aula da inesquecível Margareth Thatcher sobre como funcionam os Sindicatos, e de que forma eles violentam e sufocam a democracia: 




É impossível a qualquer pessoa inteligente discordar da Dama de Ferro. Que falta nos fazem aqui no Brasil políticos que tivessem esta clareza de pensamento, coragem de enfrentar o populismo e compromisso com futuro do país.

01/05/2017



Pessoas ingênuas, ou desonestas intelectualmente, querem fazer crer que, cobrando os inadimplentes, o déficit da Previdência estaria resolvido. 

Puro engano, conforme bem o demonstra o artigo abaixo, do professor Stephen Kanitz (aqui link para o post original).



Empresas Devedoras NĀO Resolvem o Rombo da Previdência

Por Stephen Kanitz





"Fico triste quando vejo que jovens de esquerda mentem para poder ganhar uma discussão, em vez de usar a ciência.
O rombo da Previdência é de R$ 540 bilhões por ano. É uma fortuna, bem maior do que esses R$ 180 bilhões noticiados pela direita, e os R$ zero, noticiados pela esquerda.
Essa lista de devedores do INSS que circula por aí não soma nem 100 bilhões, representa somente o rombo de meio ano de deficit, não dos 30 anos até você se aposentar.
Portanto usam um argumento verdadeiro, mas pífio.
Cientificamente pífio, só para lhe enganar. Se todas pagarem o INSS, 99% do rombo continua.
E tem mais. 80% dessa dívida para com o INSS são juros e correção monetária de dívidas de empresas que já quebraram.
Vide as “massa falida”, a VASP, a Transbrasil, a Gazeta Mercantil e outras.
Se essas empresas sequer pagaram os valores originais, jamais pagarão os valores corrigidos, estando inclusive inativos. A Varig nem voa mais.
Empresas como Bradesco e Prefeitura de São Paulo estão contestando atuações do INSS indevidas, e metade delas ganharão o pleito.
Por que jovens de esquerda mentem, se eles mesmos irão um dia querer se aposentar?
O problema da Previdência não são os inadimplentes.
O problema é que todas as contribuições que você depositou sumiram, foram usadas para outras despesas.
Adivinhem por quem?
Se você não está lutando por uma Reforma da Previdência, pelo menos você deveria estar lutando para parar de ser roubado, por você sabe quem.
Apoie o Projeto do MBL que exige que seus depósitos sejam feitos na sua conta do FGTS para você pelo menos poder controlar, e nunca mais ser roubado."