06/10/2016


Esta deu no O Antagonista:

Pré-sal: o que o PT, de fato, defendeu até o fim


O PT e seus companheiros azucrinaram a sessão da Câmara até o fim, acusando os deputados de entregarem a Petrobras e as riquezas nacionais para os estrangeiros. Falaram em dilapidação do patrimônio público.

Dilapidação foi o que ocorreu nos anos de lulopetismo, quando a dívida da empresa explodiu (vejam os quadros) e o faturamento praticamente estagnou. Entre outros motivos, por causa da camisa de força imposta à empresa: ser obrigada a participar de todos os projetos do pré-sal, em nome do "interesse nacional" que, hoje sabemos, atendia mesmo era aos interesses da escumalha.

O resto é chororô para os filminhos que exibirão no YouTube.

02/10/2016

Para refletir, pois tem tudo a ver com o nosso futuro


 (postado pelo Antagonista): 

 

"29 de Setembro de 2016

 

Se você tem Teto de Gastos, o governo também precisa ter


Por Rodolfo Amstalden

O Antagonista fez campanha pelo impeachment.

Agora fará campanha pela PEC 241, que é hoje análoga ao que fora o Plano Real em 1994.

Nem todo mundo entende o Teto de Gastos.

Muita gente não entendia o Plano Real antes de sua adoção.

Mas a lógica é convincente e produz resultados formidáveis.

Basicamente, vamos impor ao setor público a mesma restrição orçamentária que nós, indivíduos, temos que administrar a cada dia.

Você recebe seu salário no começo do mês e planeja como gastá-lo. Não existe almoço grátis. Toda decisão é pensada. Qual escola posso pagar para o meu filho? Que tipo de azeite devo comprar?

No fundo, isso é saudável. Decisões pensadas são melhores que as tomadas por impulso ou à custa dos outros. Precisamos saber escolher dentro de nossas próprias restrições.

Se você gasta mais do que ganha, vai se endividar e terá de arcar pessoalmente com essa dívida.

Justo, não?

Com o governo brasileiro, não funciona assim.

Se ele (ou ela) gasta mais do que ganha, eu e você pagamos a conta, sob a forma de inflação, juros e desemprego.

O Teto de Gastos muda o jogo, obrigando o governo a enfrentar as consequências de seus próprios atos, evitando o repasse covarde à sociedade.

Resultará, portanto, em imediata queda da inflação, corte na Selic e crescimento da atividade.

Não quero, com essa breve explicação, fingir que o tema é trivial, tampouco romântico.

É um tema aborrecido, obviamente.

Mas, depois da queda do PT, precisamos reconstruir o país."

Meu comentário:

Pode parecer duro e difícil, mas a verdade é que só começaremos a viabilizar um país desenvolvido se o governo começar a ser governado. 

 

Daí, então, poderemos, quem sabe, esperar uma redução da carga tributária e, com esta redução, a possibilidade de crescimento sustentado na iniciativa das pessoas (iniciativa privada).

Em 1989 a carga tributária era de 22,15% do PIB. Em 2015 foi de 32,66% do PIB (dados da Receita Federal).

Em resumo: 

- em 1989, num ano, trabalhávamos 80 dias para o Governo;

- em 2015, foram necessários 119 dias de trabalho, para quitar todos os tributos.

Sempre que alguém inventa alguma despesa para o Governo, a conta é repassada para todos. Mais de 3/4 dos tributos arrecadados são indiretos - o consumidor paga embutido no preço das mercadorias e serviços que adquire.

Dar um limite de gastos ao Governo, portanto, significa dar um limite para a carga tributária.


Pagando menos tributos, as pessoas e empresas podem direcionar o restante para atividades que estimularão o crescimento do país, gerando mais emprego e mais renda.