A ideologia já sabe a resposta antes que a pergunta seja feita.
-George Packer
A Arte da Guerra Política
A maioria dos liberais e conservadores enfrenta a mesma dificuldade quando entra na política: eles são, em sua maioria, trabalhadores, chefes de família, empreendedores, executivos, donas de casa e gestores, gente especializada em produzir, criar negócios, cuidar de gente, gerar empregos e resolver problemas, e não em participar de combates ideológicos ou de batalhas políticas – especialmente batalhas contra a esquerda.
“Eleições são decididas com base nas emoções, e não na razão”, diz David Horowitz, um ex-líder da Nova Esquerda americana na década de 60, convertido à causa conservadora, e autor de livros importantes. Entender isso é essencial para quem entra na política armado apenas com boas intenções, sem entendimento algum de como se desenrola a disputa pelo voto (que ainda é o único caminho para o poder em uma sociedade republicana e democrática).
Esse é o caso de muitos de nós.
Horowitz explica:
“Em uma campanha eleitoral, mostrar que você se importa com o eleitor é a questão central. A maior parte dos problemas políticos e de governo são complexos demais para o público. A consequência é que os eleitores não estão interessados nos detalhes das propostas, eles estão interessados nos candidatos. [...] os eleitores querem saber quem se importa com eles”.
Eleições sempre envolvem polarização, e dividem as pessoas em dois campos: nós e eles. Os políticos de esquerda são profissionais nessa prática, enquanto liberais e conservadores são, em geral, amadores, que ainda não entenderam que “apelos à razão são rapidamente soterrados pelo barulho terrível do campo de batalha eleitoral”, como diz Horowitz.
Trata-se de uma guerra.
Políticos liberais e conservadores, em geral, não conseguem responder aos ataques da esquerda porque costumam falar com os eleitores usando uma linguagem abstrata, indireta e sem emoção. Enquanto isso, diz Horowitz, “os apelos da esquerda são emocionais e baseados em inveja, ressentimento e medo”.
É uma guerra política, assimétrica e injusta, para a qual liberais e conservadores estão, em geral, despreparados. “Como se vence uma guerra quando o inimigo usa bazucas e o seu lado está lutando com palitinhos?”, pergunta Horowitz.
A ideia da política como um combate pelo poder ainda é um choque para muitos liberais e conservadores, que esperam que a atividade política se resuma a um debate civilizado, erudito e tranquilo sobre as questões realmente importantes.
Esses debates às vezes acontecem – mas a disputa pelo poder é decidida pelo voto popular, e a maioria das pessoas não tem tempo ou interesse em debates.
Elas formam a sua opinião a partir dos embates.
É para eles que precisamos nos preparar.
Trecho do capítulo A Arte da Guerra Política de David Horowitz, do livro Jogando Para Ganhar: Teoria e Prática da Guerra Política, de Roberto Motta, cuja segunda edição, totalmente revisada, será lançada em breve.
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